Sei que minhas
considerações não servem para nada e que meu blog é apenas meu local de
conversar comigo mesma, dessa forma falarei porque estou com vontade.
O Facebook
tem conseguido “informar” um numero maior de pessoas. Não os jovens, mas
pessoas que como eu, cansaram de ler o que convêm a quem criou/manipulou/maquiou
as noticias. Com o auxilio de amigos e conhecido podemos ter acesso a informação que está espalha em
toda a internet, mas que sozinhos seria muito difícil achar, dessa forma, um
acha uma coisa e compartilha, outro comenta algo e vc tem a liberdade de
pesquisar ou não sobre qualquer fato. A parcela que hoje frequenta o face ainda
é do grupo gosta de pesquisar. Falo por mim, claro e dos grupos e pessoas com
quem tenho contato. Não é ciência, é minha observação.
Sou do
tempo que havia uma admiração pelos professores. Eram como seres de outra
ordem, de uma luminosidade, de um acesso a informação que só os especiais tinham
acesso. Quando havia motivo para falar com o professor era um evento, se
esticava a camisa, limpava a garganta e se escolhia as palavras. Respeito hoje
que não se tem nem pelos pais.
O país e
seu povo não evoluiram depois disso. O exemplo de alguém sem estudo e que se
gabava disso fez um reflexo no povo. Pequenas atitudes tem efeito devastador
nas massas. Sutilmente, assim como a minha camisa vermelha, aos poucos e bem
devagar o glamour pelo acadêmico foi sendo jogado no lixo.
Lembro do
primeiro convite a participar de uma festa na casa de uma professora, já estava
na metade de meu curso universitário, não era mais uma criança, mas adentrar ao
mundo dos professores era como ser convidada a ir ao Olimpo. Busquei todas as
desculpas de porque isso estaria acontecendo e não tive coragem de ir. Devo ter
tido uma dor qualquer, uma boa desculpa, mas eu não era suficientemente boa
para frequentar aquele lugar. Depois acabei indo a outro evento nessa mesma
casa, mas sempre como se não pertencesse aquele lugar. Engraçado que recebia
professores em minha casa, mas era diferente, era minha casa.
O que quero
dizer é que o magistério era um tipo de sacerdócio. Mesmo no colégio, quando um
professor se atrasava ficávamos no muro esperando aquela entidade estacionar o
carro como se viesse de muito, muito longe, lá do lugar onde o saber se
escondia. Quando vejo hoje o abandono e a degradação daquele prédio onde
aprendi a ler não fica difícil imaginar o que aconteceu com as crianças que
frequentavam o lugar. O prédio espelha a realidade de seus frequentadores. Assim
como em minha amada universidade hoje há tanto carro, mas tanto carro que não
se vê mais gente conversando, admirando, ouvindo os mestres. As aulas são gravadas,
sei la, poderiam ser, os tablets, ipad, ipod... sei lá. Argh!!
Antigamente
mesmo que se discordassemos de um professor era necessário argumentos muito
bons, hoje esses mortais tem menos informação que qualquer um com acesso e
tempo na internet. Lição de casa é pesquisar na internet. Titio google tornou o
saber popular e desnecessário, afinal esta lá, sem esforço nenhum.
Tenho filhos
em idade escolar e me tornei a mãe chata. Não me agrada o titulo, mas é triste
ver a degradação da qualidade dos professores. A diferença de idade de meus filhos
me possibilitou um amplo espectro de observação ( filho de 20, 10 e 5 anos)
quando se pergunta as professoras o que leram nenhuma delas leu nada nunca. Mas
gabam-se de títulos, muitos sempre, sei la como conseguidos. Eu não consegui nem
mestrado, mas agora todo mundo tem. Sei la como...
Temo pela
contaminação da sombra que cresce. Todos, inclusive eu, conhece a musica das
poderosas e do beijinho no ombro, contágio rápido. Essa será a base de qualquer
eleição, qualquer escolha. Publicidade, quem tiver a melhor campanha, de contágio.
Assim como foi antes com marajás e metalúrgicos, apenas campanha. Em minha
meleca de opinião enquanto não recuperarmos os mestres, não saberemos escolher.
Era para isso que existiam especialistas, para que pudéssemos dançar o beijinho
no ombro enquanto alguém que tivesse conhecimento e valores nobres pudesse
dizer bases verdadeiras para escolhas ate mesmo de candidato.
Não é coronelismo,
isso é por determinados interesse. Não é militarismo, só mudou o interessado. A
dona da casa troca os funcionários, mas zela pelo bem da família guiada pelo
amor e não pelo medo. Claro que falo num mundo ideal, de uma dona de casa que
permitisse a seus filhos se tornassem Beatles. Não tenho a formula de nada, nem
sei de nada. Apenas acho que esta tudo uma bagunça e falta não alguém para
salvar a pátria, mas gente que estude essa pátria, crie cidadãos, forme humanos
e não reprodutores.
Incrivel, fala tudo o que é verdade! Mas não voi desistir de continuar tentando, mesmo que apenas no micro! Claudia
ResponderExcluircontinue a nadar, continue a nadar...
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