terça-feira, 16 de junho de 2015

Tirei!!

Tirei meu filho da escola!
Foram 5 anos de embate constante buscando um entendimento que não aconteceu. Não somos iguais a todo mundo. Somos!
Durante anos conversei com o colégio sobre a necessidade de se fazerem interessantes, afinal boa parte do dia as crianças passam la confinadas. Escolhi uma escola de fundamentação católica pois entendia que seria o lugar ideal para vivenciar as diferenças, ledo engano.
Por todo esse período fui convencida da inadaptabilidade de meu filho. Ora precisando de fono, ora de psicólogas, ora de reforços escolares. O fato é que se perdeu o timing de fazer a criança gostar da escola. Procurei sim a fono, a psicóloga, mas me neguei e me nego categoricamente a procurar reforço escolar/ professor particular afinal pago por uma instituição inteira de ensino.
Porem essa instituição de ensino não se adapta a realidade dos celulares, da velocidade de informação e ainda tenta colocar seus alunos nos velhos e antiquados moldes. Quando isso não acontece é por responsabilidade do aluno.
A inclusão é de fachada, baseando-se apenas na regra imposta pela legislação, não um movimento cristão propagado pelas diretrizes da escola.
Meu filho não é deficiente e hoje isso parece ser uma ofensa! Ele não tem déficit cognitivo, não há nada que medicamentosamente possa ser feito para que ele se torne comum. Ele é um individuo único e não foi enxergado dessa forma. Não se encaixou. Não foi incluído.

O sistema venceu! A escola continuará a reproduzir seus iguais.
Durante anos presenciei a limitação de atuação de profissionais competentes ao ponto de pedirem demissão e os “barões não largam o osso”!
Sofro a dor de uma mãe sem grupo de apoio, afinal meu filho não é deficiente. Sofro a dor de uma mãe sem apoio, pois a homeschool é ilegal no país. Sofro a dor de uma mãe que não sabe o que fazer da dor de seu filho sem conseguir se inserir no grupo elitista de uma escola cristã. Sofro a dor de mãe.

Mas sou mãe e isso não porque pari, mas porque foi a vida que escolhi. Amo meus filhos, todos, cada um com sua cor e dor. Apenas amo. A luva das palavras esta ineficiente para expressar tudo que sinto nesse momento, mas assim como outros, esse momento irá passar mas nada vai tirar o amor pela educação, pela vida, pelos meus de mim. 

Um comentário:

  1. Fátima, eu escolhi desde cedo colocar meu filho em uma escola publica, a diversidade que esse tipo de escola proporciona, o fato de que os diretores em geral são abertos a nossa ajuda e participação foram essenciais para isso. Procure na sua cidade uma boa escola publica e invista em outras atividades para seu filho com o dinheiro que vai economizar. E lembre-se mais importante que os conteúdos que segundo os críticos são fracos na escola publica é a noção de vida que ela proporciona ao permitir que seu filho conviva com toda diversidade de pessoas.

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